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após esse valioso depoimento, o professor Guido contou a sua parte. falou que o Ginga tem vários pais, mas que a origem é do Luiz Fernando. falou da sua volta para o nordeste em 97, a formação do seu grupo de trabalho mais focado na televisão. falou da necessidade de se criar um middleware e a escolha pela linguagem Java. contou sobre o custo para iniciar o desenvolvimento com MHP: 1.300.000 euros por uma licença de código aberto.
conforme Guido, em 2007 a proposta de especificação do Ginga-J foi para consulta pública e aprovada, porém o fórum SBTVD decidiu não publicar. o motivo alegado foi o risco de ter que pagar royalties pelo GEM. a partir desta questão foi realizada a reescrita de parte da especificação pela Sun, que está em consulta pública no momento.
comentou que a primeira versão do Ginga-J com Java DTV seria distribuída na oficina que ocorreria no FISL 10, o que de fato ocorreu.
em seguida, relatou sobre a dificuldade de sincronizar o desenvolvimento do middleware com aplicações e terminais e as diferentes visões entre academia, governo e radiodifusores.
Guido destacou um fato importante, que considera uma vitória do grupo: os europeus montaram uma demonstração em São Paulo, com apoio da USP e TV Cultura e convidaram o pessoal do Lavid para participar. inicialmente, Guido recusou por limitações de orçamento, mas 2 dias antes recebeu um telefonema salientando que era importante a sua presença para credibilidade do projeto. na noite anterior constataram que o middleware que trouxeram da europa (MHP) não integrou com o sistema de transmissão disponível no evento. a equipe do Guido trabalhou na integração e no outro dia o que tinha de interatividade na demonstração dos europeus (os mesmos que queriam cobrar 1.300 mil euros), era Ginga. o MHP não rodou.
colocou que no máximo no início de 2010 teremos o Ginga sendo incorporado em set-top-boxes comercializados.
Guido alertou para o risco de as classes C, D e E comprarem os receptores zapper, sem Ginga, e então perde-se a oportunidade de utilizar a TV como instrumento de inclusão digital, pois essas classes mais baixas não irão comprar outro aparelho.
José Salustiano, membro do grupo gestor do SBTVD e Diretor presidente da HXD Interactive Television, encerrou os depoimentos do encontro contando como entrou no fórum SBTVD, falou sobre o desafio de manter os projetos de interatividade e sobre o apoio da Caixa Econômica Federal e conseguir que alguma emissora efetuasse a transmissão com interatividade. com os exemplos práticos demonstrados, conseguiram algum reconhecimento.
pra mim, ficou claro que poucas vezes o Brasil teve a oportunidade na história de ser gerador de conhecimento, e que mundialmente o Ginga está sendo muito bem recebido, com potencial de se tornar padrão em muitos países desenvolvidos.
merece nossos aplausos.